Sensibilidade, coquetismo e libertinagem
 IBD

Sensibilidade, coquetismo e libertinagem

Editorial:
Alameda
EAN:
9788579395789
Materia
POLITICA, RELIGI?N Y FILOSOFIA
ISBN:
978-85-7939-578-9
Páginas:
418
Idioma:
PORTUGUES
Ancho:
200
Alto:
300
Disponibilidad:
DISPONIBLE (Entrega en 8-10 días)
Colección:
FILOSOFIA

O romance Pamela, de Samuel Richardson (1740), inova ao misturar detalhismo na descrição das cenas cotidianas e dos sentimentos da protagonista. Pressionada pela perseguição empreendida por seu patrão,  o poderoso magistrado Mr. B, num misto de opressão social explícita e  fantasia erótica sub-reptícia, Pamela vira símbolo realista de uma ética hiper-idealista - paradoxo que só enriquece esse momento definidor de um novo contrato entre obra e leitor. Voltaire, Rosseau e  Diderot respondem com obras próprias a tal abalo cultural.
Outros autores, hoje desconhecidos - Boissy ou d'Aucour -, atuam como fomentadores do embate entre a sensibilité e a libertinage - entre a mímese que exige empatia e a do cinismo distanciado. Diderot será o teórico sutil do novo momento, em ensaios sobre o teatro ou mesmo em seus romances, como A Religiosa. Faz um hiperbólico (e brilhante) Elogio a Richardson com vistas a descrever o novo pacto de leitura no Ocidente. Se Marivaux cria uma personagem coquete que resiste à centralidade masculina e Voltaire se afasta do aristocratismo rumo ao enternecimento, Crébillon fils criará o tipo do libertino, deixando claro o tensionamento ético que se joga no tabuleiro do drama, do romance e da teoria da nova verossimilhança, a definir o campo estético da Europa do momento, entre França e Inglaterra, entre o antigo classicismo e a nascente modernidade estética.

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